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GUARAPIRANGA
PLANEJAMENTO REGIONAL
Exercício realizado no 3 º ano do curso de Arquitetura e Urbanismo na Escola da Cidade
Desenvolvido em conjunto com os colegas Anita Freire e Carol Morom


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Recorte de estudo para aproximação de escala, sub-bacia da Vila São José: hipóteses para novo tratamento paisagístico e para ocupação das quadras.
 

Parque Linear São José

O recorte escolhido para investigar e testar as hipóteses até aqui levantadas, foi a Vila São José, pela complexidade de sua topografia e da situação sócio-econômica ali existente. Sua característica topográfica sugere que a área de várzea terá uma variação maior no nível das águas, dificultando o seu uso como área de lazer. A solução é adotar vocações distintas para diferentes várzeas, priorizando para esta sub-bacia um caráter cultural-educativo, com a instalação de equipamentos públicos.

A área de parque

A área do parque é desenhado por uma mesma curva de nível, com excessão dos anfiteatros e áreas de nascente, locais hoje ocupados por favelas e nos quais a permeabilidade do sólo é imprescindível. 1/4 das áreas verdes requalificadas pertencem à equipamentos públicos enquanto que nas áreas restantes vivem aproximadamente 2.300 famílias, que seriam removidas e instaladas em novos edifícios nas proximidades que configuram um novo desenho de quadra, unidades habitacionais financiados pelo poder público.

 
O desenho do parque linear é determinado pela implantação das infra-estruturas, equipamentos públicos e fluxos que os conectam.
 

O desenho do parque

O sistema viário binário encontra-se em uma mesma quota e faz a transição entre a cidade e o parque, fazendo transposições que, além de conectar as duas margens do parque, são barragens que mantém retidas as águas e os sedimentos provenientes da rede de águas pluviais. As áreas verdes do parque possuem um leve declive, o que permite, quando recuo das águas nos períodos mais secos, utilizá-la como áreas de lazer.

O desenho do piso do parque é definido pelos fluxos de pedestres entre os diversos equipamentos nele instalados e pela posição dos reservatórios, determinados pela topografia das margens: quanto mais íngrime, mais rápido as águas da chuva o alcançam, maior tem que ser sua dimensão.

 
Na linha do VLT (em preto) as estações (azul) se articulam com caminhos de pedestres e ciclofaixas (em marrom). Todo a infra-estrutura de deslocamento está conectada à linha de metrô (em amarelo).
 

Fluxos, estrutura da cidade

As estações do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) estão implantadas nos eixos de ruas transversais que as conectam diretamente com o interior dos bairros, localização que configuram microcentralidades cujo comércio se apropria do fluxo de pedestres.
Enquanto o percurso de automóvel acompanha as curvas de nível, a linha de VLT segue em linha reta, com um pequeno aclive que configuram arrimos e barragens, reservatórios cujas águas podem ser reaproveitadas para a limpeza urbana e outros fins.

 
Transposições rodoviárias e passarelas de pedestres conectam as duas margens do parque linear. Na praça central, sobre a estação de VLT, encontra-se o único arranha-céu da região, ponto de referência espacial.
 

Reestruturação Urbana

Diagnósticada a área de intervenção constatou-se a ausência de diversos equipamentos públicos, déficit que procuramos solucionar no projeto. Escolas, centros culturais, complexos esportivos são pontuados nos eixos de deslocamento, conectados às estações de VLT. A universidade existente na região tem sua estrutura reformada e é potencializada.
Toda a região recebe um novo desenho de quadra, com a verticalização permitida somente em uma de suas fachadas, , permitindo o convívio de pequenos edifícios de até 6 pavimentos com residencias de até 2 pavimentos. O acesso de automóvel é controlado nas ruas secundárias, dando prioridade ao percurso a pé ou de bicicleta, enriquecido pelo desenho das quadras, que alterna cheios (fachadas contruídas) e vazios (jardins).

O tratamento dos resíduos liquidos


Miniestações de tratamento de esgotos são instaladas para atender uma média de seis quadras, número que depende de suas dimensões e quantidade de habitantes. Os dejetos já tratados são direcionados por rede à uma adutora que os encaminhará à ET de Barueri.
A rede coletora de águas pluviais possui, junto ao parque, filtros (espécie de peneiras) que retém o lixo jogado nas ruas, posteriormente selecionados e direcionados para reciclagem; assim, as águas da chuva são descarregadas sempre limpas nos cursos d'água, o que não compromete o uso das áreas de lazer nos parques lineares.

 
Sobre uma colina, o núcleo histórico é valorizado pela presença de um espelho d'água implantado entre as duas pistas da Av.Sen.Teotônio Vilella.
 

Reestruturação Urbana


Espelhos d'água valorizam não só os equipamentos públicos instalados no parque como também o núcleo histórico da Vila São José, cujo edifício em destaque é a antiga capela; isto somado à variação do desenho paisagístico - entre espelhos d'águas e jardins -, cria uma variação e ritmo que confere à paisagem movimento e heterogeneidade.


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